Luiz Claudio Cunha
Especial para o Sul21. 10 11 11
O gaúcho Jair Krischke, 73 anos, fundador do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), foi agraciado na quarta-feira (9) com a Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Câmara, do Senado Federal. Ele e outras quatro personalidades foram escolhidos entre os 32 finalistas de todo o país, selecionados pelos 16 senadores que integram o Conselho da Comenda da Comissão de Direitos Humanos.
O título será entregue em dezembro próximo, em sessão solene do Senado Federal.
Natural de Porto Alegre, Krischke tem forte atuação na denúncia de violações aos direitos humanos na área do Cone Sul, durante os anos das ditaduras militares. Cerca de dois mil perseguidos dos regimes militares da região escaparam da morte e ganharam a sobrevivência no exílio graças à atuação de Krischke e do MJDH.
Além de Krischke, indicado à comenda pelo senador Pedro Simon, foram agraciados o ministro do STF Carlos Ayres Brito, dom Tomás Balduíno (bispo emérito de Goiás e fundador da Pastoral da Terra), dom Eugênio Salles (bispo emérito do Rio de Janeiro e criador da Campanha da Fraternidade) e dom Marcelo Pinto Carvalheiro (bispo emérito da Paraíba).
Esta é a segunda edição da ‘Comenda Dom Helder Câmara’.
No ano passado, entre os agraciados estavam dom Pedro Casaldáliga (bispo de São Félix do Araguaia) e o deputado fluminense Marcelo Freixo, que acaba de ganhar proteção da Anistia Internacional após ameaças de morte das milícias do Rio de Janeiro.
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